Ah... os
momentos.
Há momentos
Em que minha
alma é somente
Lamento e
dor.
Há momentos
Em que nada
compreendo e penso
Em desistir
de tudo.
Há momentos
Em que batem
arrependimentos
E certos
sentimentos
Refluem por
onde vou.
Há momentos
Em que miro
longe bem onde
Moram os
contentamentos.
Há momentos
Em que não
existe verdade
E há
momentos
Em que a
mentira não engana mais.
Há momentos
Em que o
encanto figura
E a ferida
se cura.
Há momentos
Em que num
verso me prendo
Nada mais me
segura!
Eu olho pro
mundo onde só há solidão
E é quando
entendo os montes
Tão cheios
de animais e tons verdejantes
Os montes...
sempre sozinhos no mesmo lugar
Que deixam a
vida chegar, brotar, se instalar...
É preciso se
deixar encantar
De novo e de
novo
Porque há
momentos
Em que a
tristeza pode matar
Em que a
descrença pode cegar
Em que a
maldade pode reinar
E é nesses
momentos de encantos
- quando a
um verso, um canto ou um fato bonito
me prendo –
É neles que
busco me inspirar
Crio forças
para lutar
Porque nada
lá fora é vazio.
Vazio é o
homem, o homem está.
Ele quer
estar, ele prefere estar.
Eu vejo
tanta beleza
Eu sinto
tanta alegria
Só de sentir
o vento passar.
Há momentos
E todos eles
são únicos.
Há momentos
Em que é
melhor deixar o momento passar.
Mas há
momentos
Em que o
melhor é a ele se apegar
Como este
verso
Que surgiu
agora
Não sei de
onde explicar
E me pôs em
sintonia
Com a
natureza em harmonia
E eu sinto
cada célula minha vibrar.
Sem lamento,
sem pesar
Porque tudo
passa
E só nós é
que sabemos
Onde queremos
ficar.
Elayne Amorim
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