Não tenho filosofia. Eu tenho poesia

Ai se eu te pego

Tem uns refrões que caem na popularidade e aí ficam circulando pela nossa cabeça, querendo ou não, de repente, a gente se vê cantarolando dentro de casa ou mesmo pela rua distraidamente. É que nem "Ai se eu te pego", do Michel Teló. Já há uns dias fica o refrão repetidamente batendo na minha cabeça... "delícia, delícia, assim você me mata". Sei lá, hoje a música ficou silenciosamente cantarolando nos meus pensamentos e - já que para os poetas tudo ou nada ou qualquer coisa que seja é matéria de poesia - pois bem, a partir de um verso, de repente, brotaram vários outros versos, como se por trás de uma frase houvesse uma infinidade de outros significados... Êpa, mas há. É só pararmos para escutá-los...
ai se eu te pego
distraído em casa procurando um verso
ai se eu te pego
no final de um dia, extraio teu cansaço
contorno tua sobrancelha com a ponta de meus dedos
e te faço dormir, descansar envolvido em meus seios
se eu te pego
embalado em sonhos nos braços de Morfeu
fico a velar teu sono, dormes tão suave
ninguém sabe
que alma esse corpo calmo adormecido abriga
ah... se eu te pego...
te envolvo com calor sereno
protejo teu ego
eu te faço versos
deixo que tu aconteças em mim
numa permissão previamente concedida
desde que meus olhos tocaram o brilho dos teus
ah... se eu te pego
eu não largo
tua liberdade já se tornou minha prisão
ah... se eu te pego...
já provei da delícia de teus versos
não me negues provar da delícia de teus beijos
assim tu me matas!
por Elayne Amorim

Um comentário:

Isabel disse...

Rsrsrsrsrsrsrs... Delícia, delícia!