Não tenho filosofia. Eu tenho poesia

Dia de azar


Hoje é sexta-feira 13. Popularmente, um dia considerado como sendo de azar, devido a lendas e mitos que existem desde antes de Cristo. Neste dia, também, costuma-se matar gatos pretos em rituais de magia, portanto, deve-se ter cuidado se for doar algum gato preto, especialmente nessa época. É engraçado como que a sociedade (ou uma parte dela) ainda preserva superstições, muitas vezes (ou na maioria das vezes) sem fundamento, e fazem maldade em nome delas. Seja lá como for, hoje é sexta-feira. É treze. E a Lua é cheia. Então, com ingredientes assim, só resta fazer poemas, pois tudo serve de matéria-prima para a poesia...
Olhei-me pela manhã.
Em meus olhos felinos
Segredos guardados
Prontos para um ritual.

Eu prometi te fazer sofrer...
Eu prometi uma maldição pra você...

Pela manhã me olhei
Vi meus desejos ferinos
E teus cuidados redobrados
Cairão todos na horizontal.

Eu prometi trazer tua alma pra mim...
Eu prometi que se me negasses acabaria assim...

Portanto cuidarei que tua vontade
Estará sedenta por não sabes o que
E o vazio será tão grande e profundo
Que lamentarás não ter tido apenas
Um mero e único dia de azar

Teu dia de azar foi ter me negado amor
Foi ter me negado, eu disse, eu avisei
Eu deixei até mesmo que me visse
Da forma humana que eu não sou
E mesmo assim te aproximaste

Eram promessas...
Eram palavras...
Era tua estupidez em pensar
Que eu me esqueceria de te amaldiçoar
Conheces minha poesia?
Pois se conhecesses saberias
Que é com palavras que faço magia

E ela é exatamente da cor que eu desejo
Hoje, está para magia rubra...
por Elayne Amorim

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Elayne, boa tarde. Fico contente por estarmos no século XXI e não no século XIII ou XIV. Assim podemos continuar a considerá-la a excelente poetisa que é e não uma outra coisa qualquer, seja qual for a cor da magia. Um sorriso e um beijo.