Em carne
viva.
Viva, da
cor da carne.
Assim minha
poesia está
Hoje.
Hoje,
minha poesia é minha
Carne.
Pulsando...
Ver
melha
Desejando
Dentes,
língua, fogo.
A poesia
que sai de mim
É a poesia
que nunca saiu de mim.
Sempre esteve
aqui, como minha carne.
Nas vísceras
da alma ela pulsa
Ela manipula
minhas vontades
Controla meus
sentimentos
Loucos.
Ainda faço
poemas por ti
Vermelhos,
cheios de fogo
Derretendo
fogo, pois nada
Mais em
mim que torrentes
De fogo. E
carne pulsante.
Carne viva
onde entranhaste
O olhar
negro e cauterizaste
Com sombra
meu desejo.
Se nunca
fui feliz, agora menos
Pois me
deixaste em carne viva
Da cor do
meu poema que recusaste
A ouvir de
novo. E de novo
E de novo
porque tens medo
Do fogo. Do
fogo que circula
Em minhas
veias, em minhas letras,
Em cada
parte de mim.
por Elayne Amorim
Nenhum comentário:
Postar um comentário