Não tenho filosofia. Eu tenho poesia

velhos olhos poéticos...






Ora, sou um eu lírico bem mais que um. Às vezes aquieto-me, espero. Fico a olhar. Porque ao poeta o olhar é bem mais. Eu não sei se sou poeta não. Há dias que estou tão a frases feitas, a lugares-comuns, a um assobio distraído de uma música antiga. Há dias que estou tão humano... Tão pessoa apaixonada e feliz que dá vontade de falar pra todo o mundo que viver é mágico. Viver é mágico. Viver é horizonte. Raiva, medo, vaidade... essas coisas passam. Lágrimas secam. E os olhos, depois de um tempo assim permitido, são novos, os mesmos velhos olhos poéticos estão novos. Porque há mais do que simplesmente dor. Porque há verdade nas palavras. Porque há magia e mistério no mundo real. Há poesia. E há o infinito de cada instante, de cada letra, mesmo que de cada frase feita... Eu escolhi o amor, mesmo com toda sua dor, eu escolhi amar. Eu escolhi a loucura de se entregar. Talvez eu seja assim, minha essência é sentir.

 por Elayne Amorim

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Elayne, boa tarde. "essência é sentir." Sentir o vulgar, sentir o sublime, sentir, talvez e até, o medíocre. Sentir com tudo o que disse, até com a dor. Mas não com sofrimento. Gostei que não o tivesse mencionado. O sofrimento tolda tanto os novos como os velhos olhares poéticos ou não. Um abraço.