Antes o suplício da espera à quietude do vazio
Antes a lágrima de amor ao não arriscar-se
À quietude branca e confortável do não sentir
Do não saber como poderia ser...
Antes perder a não tentar
Antes se arrepender a não se arriscar
Melhor se lembrar das loucuras do passado
A olhar para trás e nada ver
Antes sorrir das mancadas da vida e aprender
Antes perder tempo olhando o horizonte de mãos
dadas
Pois o poder de ser feliz está em nossas mãos
Está naquilo que nos torna felizes...
Antes lutar que se entregar ao conformismo
Antes ser você mesmo que fingir até ao espelho
Antes a saudade a nunca ter sentido amor
Antes ser mal interpretado que afogar-se ao
próprio silêncio
Antes o risco ao precipício da segurança inerte
e morna
Antes o desespero do verso à falácia da prosa
contida
Antes voltar atrás ao medo de seguir adiante
Ao orgulho de não pedir perdão
Antes o sonho a falecer vivo na lucidez líquida
e flácida
Antes a dor a sentir o frio e solitário sabor do
medo
Antes a espera... se você vem, se você não vem...
Antes a sensação que o nada a ser descrito
por Elayne Amorim
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