Não tenho filosofia. Eu tenho poesia

Dia da poesia

Compartilho com vocês alguns trechos de poemas que falam sobre a poesia. Não raro, todo o poeta, cedo ou tarde, se refere a ela – à poesia – numa busca infinita de seu significado ilimitado, numa procura de onde ela está. Dia 14 de março é dia da poesia. Ela é alimento para alma humana, uma forma de beleza através da linguagem, das palavras, das infinitas combinações sintático-morfológico-fonético-semânticas.
Há poesia em tudo e, principalmente, nas nulidades e despercepções. Por que, então, retirá-la da vida? Do cotidiano? Por que, então, não falar poeticamente – nem que seja de vez em quando – para sair da rotina comum dos dias? Por que não ser poético? Por que não reparar nos detalhes imprescindíveis que nos cercam? Somos seres de poesia!
É muito silêncio
enquanto as flores não crescem
e os poetas dormem”.
 “Há poesia
na dor
na flor
no beija-flor
no elevador” 
(Oswald de Andrade)
“Que o poema venha armado
e metralhe a sangue-frio
palavras flamejantes de revolta”. 
(Oubí Inaê)
“E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia”. 
(Cazuza)
“Sou extremamente sincero com a poesia
invento a cada momento
uma verdade vadia”. 
(Aroldo Pereira)
“Um poema como um gole d’água bebido no escuro.
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como pequenina moeda de prata perdida
Para sempre na floresta noturna”. (Mário Quintana)



“Poesia é negócio de criança ou de louco ou
            de bêbado”. (Manoel de Barros)
“O poema é uma pedra no abismo,
O eco do poema desloca os perfis:
Para bem das águas e das almas
Assassinemos o poeta.” 
( Mário Quintana)                 
“Um poema sem outra angústia que sua misteriosa
                                                           condição de poema.
Triste.
Solitário.
Único.
Ferido de mortal beleza”. 
(Mário Quintana)

“Sangro todos os meses sobre o papel
passo um rol de letras miúdas à máquina
lavo vírgulas, costuro parágrafos
varro apenas o sentido vão.
Não há razão de sobra e palavra
que eu não lavre a penas.
Não bordo senão o texto encardido.
pés no chão.”                                  
(Maria das Graças Simões)

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