O
ano é novo e fazemos aquelas velhas promessas...
Que
eu te surpreenda, que tu me tragas novidades e eu não me desvie delas.
Que
os brindes tilintem esperanças reais, que as minhas palavras sejam as velas do
meu navio e me impulsionem à realidade dos meus sonhos.
Ano
Novo, o desejo de que sejas melhor, na verdade, implica que eu seja melhor: que
teus dias novos criem em mim a atitude da mudança que tanto procuro.
Aquilo
que não foi bom fica para trás, tornar-se-á vaga lembrança de meu passado;
ofereço-te o que me fez feliz, o que deu certo, o que jamais quero esquecer.
A
cor da minha roupa pode simbolizar algo, mas o que importa mesmo é o que trago
em meu coração. Para que branco, se não ajudo a promover a paz? Para que verde,
se repito, junto ao senso comum, que a tendência é piorar? Para que vermelho,
se quando o amor bate eu fujo, eu tenho medo dele?
Ó,
Ano Novo, chega, mas não passes tão depressa – isso é um pedido mesmo – tem
calma quando eu parar para contemplar as estrelas; espera-me quando eu estiver
em meus momentos mais exaustos a perder o ônibus que me levaria a outros
destinos. Eu não queria envelhecer, só amadurecer, compreender melhor esse
presente chamado ‘vida’.
Conforme
tu caminhas em rotação cada vez mais veloz, eu me deslumbro com essa coisa que
tu produzes – o tempo – muito embora sabendo que a cada ano estou diferente ao
espelho.
Que
eu seja generosa com os segundos que me proporcionares. Tu és como um caminho
desconhecido que o Criador traça para eu pisar; às vezes parece que tudo já
fora escrito, às vezes parece que não e tudo depende de mim.
Neste
mesmo momento em outro tempo eu chorava e nada sabia do ano novo que se
aproximava. Hoje estou diferente e estou feliz. E tanta coisa que não sabia,
hoje eu sei. A melhor delas é a novidade do depois. Depois tudo pode ser – e
será – diferente.
Ano
novo... vida nova? Não se eu não quiser. Não se eu não fizer. Aquela dieta,
aquela caminhada, aquele emprego, aquele vício pra largar, aquela visita por
fazer... aquelas coisas que costumamos prometer: que tudo se renove e faça
sentido, que façamos realmente o que vale a pena, o que pode nos tornar mais
felizes e melhores.
Limpar
a mente dos pensamentos negativos, jogar mágoas antigas fora, retirar uns
sentimentos bons para doar. Varrer a poeira da rotina, lustrar os sonhos, ousar
em algo que nunca fizemos antes.
Ano
novo é assim, novo – e é pra ser mesmo. A realidade é que ela possui as cores
que trajamos dentro de nós, que seja permitido então, a qualquer hora do dia ou
da noite, a qualquer momento, trajar o vermelho, o branco, o verde, o amarelo,
o azul...
Traga-me
mais poesia e eu te trago minha folha em branco. Ano Novo, seja bem vindo...
FELIZ ANO NOVO A TODOS!!!
por Elayne Amorim
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